quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

aprovado

Num dia desses, conversávamos na ilha de edição. Um editor de imagens dizia que os jornalistas vivem mudando de idéia: o que antes era bom, de repente fica ruim, o take "x" precisa ser tirado do off "y"...

É verdade. Nunca nada é ótimo para todos. Um outro colega sempre diz: "você nunca acaba um projeto, mas abandona."

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Abandonamos as matérias de envolvimento do especial. Aquelas que entram no jornal durante a semana para deixar os telespectadores ávidos para assistirem ao programa.

Horas infinitas de trabalho, madrugadas a dentro, regadas à pizza, gritos de vontade de ir embora e acabar com tudo.

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Acabamos. Foi tudo para o ar, duas semanas consecutivas. Se ficou bom ou ruim? Não me disseram nada. Essa é outra característica dos jornalistas. Raramente comentam quando o trabalho dos colegas fica bom e falam para os outros quando fica ruim.
Mas que eu adorei a experiência, eu adorei...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

making of

Setembro e outubro foram os meses das decupagens: transcrever entrevistas para o português, escolher os melhores trechos, conhecer cada fita em sua intimidade. Enquanto repórteres fechavam seus textos, a mim foi dada a missão de pensar no making of do programa.
Uma função inédita. Embora eu sempre busque nos menus de filmes a opção "bastidores" - gosto muito de saber como ocorre o trabalho de produção -, eu nunca havia editado um VTque mostrasse "behind the scenes".
Roteiro pensado, a primeira surpresa veio ao observar a mudança de comportamento dos entrevistados em frente às cameras. As conversas gravadas para o making of, na qual eu fui a 'perguntadora', foram com meus companheiros de trabalho intenso nos últimos 8 meses. E eles mudam quando são focadas pelas lentes da câmera. Incrível. A consciência de que tudo o que falam será gravado, visto por outros e até criticado é muito forte. Eu tenho muito o que aprender...
E como eu não poderia me auto-entrevistar, Fernando Alves, nosso repórter cinematográfico, gravou as minhas impressões do trabalho desenvolvido. É estranho se ver no vídeo. Tudo desagrada: a voz, o jeito de mexer as mãos, as expressões do rosto...
O making of está ilha de edição. Dias longos esses...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Fitas e afins

Chegou o dia. Malas arrumadas para o retorno. Foram 35 dias de muito trabalho, muita concentração e superação - física, inclusive. Na bagagem, 25 fitas que concretizam um trabalho de produção começado há 4 meses com discussões no nosso ambiente de trabalho, carinhosamente apelidado de "sala verde".
Os primeiros contatos com os entrevistados foram por e-mail: "Dear somebody; I work for TV Vanguarda which is producing a documentary on global warming..." Assim começavam as longas cartas que tentavam convencer as pessoas a nos receber nos exterior. E funcionaram: não houve desistência, ou sumiço daqueles que assumiram o compromisso de falar com a nossa equipe.

>> Um dos primeiros compromissos nos EUA: Fernando e Hellen se preparam para gravar passagem no meio do escritório da Global Footprint Network, em Oakland.


Emoção nunca faltou. Hoje, último dia de gravação na Europa, vivi o ápice da tensão. Não encontrava a fita 84 - por acaso uma das mais importantes. Tirei todas as fitas da mala, 2 vezes, e não achava a bendita. Entrei em desespero, senti um desamparo tão grande que pedi pela minha mãe. Foi então que a Hellen, muito calmamente, checou pela terceira vez a bagagem que dá abrigo às fitas. E a 84 foi encontrada, num cantinho escuro que meu olho aflito não conseguia enxergar. Ufa!!!!


>> Equipe depois de gravar a tarde toda na BMW, Frankfurt, Alemanha. Quem tirou a foto foi o motorista do carro a hidrogênio, o Claus.


Depois de um dia de trabalho, sempre refletimos o que foi dito pelo nosso entrevistado. Alguns deles se mostram muito otimistas sobre a reversão das causas que provocam as mudanças climáticas que estamos enfrentando. Eles acreditam que seremos salvos pela tecnologia. Mas para qualquer reação, é preciso que o homem fique mais consciente e mude alguns comportamentos. Ouvi do cientista Chris Rapley uma frase marcante: "Há muitas coisas que são finitas na Terra. Uma coisa parace ser infinita é a genial capacidade dos seres humanos de resolver problemas. Então temos que permanecer esperançosos".

>> Chris Rapley é diretor do Museu de Ciência de Londres. Vale a pena ouvir tudo o que ele tem a dizer!




segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Trabalho de Domingo

"ENTRA NO TREMMM". Implorei, aos gritos. Eu, dentro do vagão, acompanhada de 4 malas. Hellen e Fernando, correndo na plataforma, carregando o case com os equipamentos. Faltavam 30 segundos para 8h02, horário da partida. Dois funcionários da empresa ferroviária assistiam à cena, imóveis. Já estava pensando o que faria se partisse sem um dos meus 2 companheiros.
E foi no último segundo que eles colocaram os pés e a mala para dentro. Ouvimos o apito e o trem partir, com destino a Genebra.
Recuperado o fôlego, nos preparamos para acompanhar o discurso do secretário-geral das Organizações Unidas e do presidente do IPCC. O evento aconteceu num prédio lindíssimo, às margens do lago Genebra, no fim da tarde de domingo.
Carregávamos a dúvida: eles falariam ou não conosco> Afinal, a imprensa do mundo inteiro estava presente.
Durante a coletiva, conseguimos emplacar duas perguntas: uma lançou a questão e passou o microfone para a outra. Ótimo!


>> Ban Ki-moon responde à nossa pergunta durante a coletiva.


E a assessora de imprensa do IPCC, que ficou tão comovida com meus e-mails ao longo de 3 meses, resolveu nos ajudar. Ela trouxe Rajendara Pachauri para uma exclusiva. E conseguimos o que queríamos. >> Rajendra Pachauri, presidente do IPCC. Declarações bombásticas!!!


O almoço só veio às 19h30. Foi um domingo e tanto!

Na segunda veio a folga! Pegamos três bicicletas de graça para dar um passeio pela cidade e conhecer a sede das Nações Unidas. Adivinha quem encontramos> A assessora do IPCC! Sabia nossos nomes e sobrenomes de cor! E fez qiestão de nos apresentar à assistente que a acompanhava dizendo que aquela era uma equipe de TV do Brasil. Ela se divertiu com a situação, achou engraçado estarmos com nossas câmeras fotográficas - e não a filmadora - em cima de uma bike. Eu disse: "Tivemos tanto sucesso ontem que hoje o dia é de descanso". E me despedi pensando que nada acontece por acaso.

>> Uma foto "bração", estilo batizado por nós e muito empregado pela equipe.

Freiburg ist eine shone stadt!

Esperava muito de Freiburg: foi incluída no nosso roteiro por fazer uso extensivo de energias renováveis. E a expectativa foi atendida "com louvor". Os moradores daqui são famosos por seu engajamento - muitos, aliás, escolheram viver em Freiburg por essa fama ecológica que a cidade carrega.
Gravamos todos os dias, de manhã, à tarde e à noite, de quinta a sábado. O sol brilhou para nós todos os dias, e só ia embora pertinho da 21h00. >> Fernando não podia ver uma escada que já queria subir. Aqui, estávamos no telhado do estádio, onde há painéis solares instalados.


Freiburg é chamada a cidade do sol. Além dos milhares de painéis espalhados na paisagem, uma outra visão marca a região: a floresta negra. Linda, intacta, como um paredão verde que cerca a cidade. Estivemos lá para garantir as nossas imagens. Não chegou a ser um desbravamento, mas vivi alguns momentos de adrelina quando entrei na mata para pegar umas plantinhas cosmetíveis que a nossa guia amava. De lembrança, fiquei com a perna toda arranhada.

>> Hellen, Ludmila (nossa guia em Freiburg), e eu, antes da aventura na floresta.

Completei 28 anos de vida em Freiburg. Pensei na vida, em mais um ciclo que se completa, e fico feliz com todas as surpresas que tenho encontrado. Participar de um grande projeto na produção de um documentário foi o maior presente.

>> O brinde do dia 28 de agosto.


quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Movida a hidrogênio

O som que ecoa do carro a hidrogênio lembra os automóveis do futuro que vistos em filmes. Conhecemos hoje o modelo da BMW Hydrogen 7. Vimos como funciona o sistema de abastecimento do gas liquefeito e ouvimos promessas de que esse será o veículo do futuro. >>> BMW 7 num posto de abastecimento com estilo futurista <<

Ainda não consigo assimilar que consiguimos permissão para filmar um centro de pesquisa da BMW. Mas aconteceu e as imagens estão garantidas. Estivemos na unidade de Munique, guiados pelo motorista-caricatura de nome Claus. Figura muito cômica.
Na hora do almoço um presente: encontramos um lugar que fazia suco de laranja natural! Isso é muito raro por aqui.
>> um brinde ao suco de laranja natural!!!


Depois de Munique, seguimos mais 4 horas de carro até chegarmos em Freiburg. A cidade alemã é considerada a cidade do sol da Europa. Detalhes nos próximos capítulos.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Deutschland

A chegada a Alemanha foi uma das mais tranquilas nesta expedição contra o desperdício da Terra. Nenhuma mala se perdeu, o Gps funcionou, não nos perdemos no caminho.
Na segunda-feira fomos conhecer a pequena cidade de Ulrischtein, feita de 9 vilarejos e 3 mil habitantes. A comunidade depende de energia renovável para sobreviver. Os moradores são os donos das turbinas eólicas que abastecem a região: fonte de renda e de energia limpa. Foi muito dificil encontrar alguém que falasse inglês. O prefeito da cidade, inclusive, só falou conosco oor sinais. Ele nos recebeu com festa e com os 2 jornais da região. Fomos capa de edição.

>> A legenda dizia: Filmaufnahmen in Ulrichstein: Bürgermeister Erwin Horst (links) mit Hellen Santos (Mitte) und Nadia Pontes (rechts), Joachim Wierlemann (Zweiter von links) und Kameramann Fernando Alves (Zweiter von rechts). Bild: Schobert <<



No final da tarde, um passeio por Frankfurt nos proporcionou o encontro com o prato típico do país: o salsichão e as batatas. A cidade é movida pelos bancos - o da União Européia tem sede aqui. Na região também visitamos um parque industrial gigante, que fabrica hidrogênio combustível. Fotografias eram expressamente proibidas. Viagem para Munique no final do dia: 3 horas e meia de carro. O céu sempre se abre quando estamos na estrada.

>> a luz do pôr-do-sol na Bavária <<


Desta vez arrumamos um GPS que fala português. Apelidamos a "moça" de A Bigoduda. Entanda o porquê.


sábado, 23 de agosto de 2008

footage

Chegamos na Suécia. Era tarde, a mala da Hellen se perdeu no caminho. Depois de horas extras no aeroporto, um taxista nos levou ao hotel - errado. Deu tempo de corrigir o caminho antes de descarregarmos as malas. Ele era engraçado, atencioso. Quando pagamos a conta e agradecemos, ele se recusou a retribuir o meu aperto de mão. Pagaria uma multa se tivesse qualquer contato com qualquer pessoa do sexo feminino. Era muçulmano. Nunca tinha passado por essa situação em toda a minha vida. Fiquei envergonhada - será que foi demais agradecer com um aperto de mão>
Enfim, let´s move on.
>> é sempre assim quando viajamos. aguardávamos o trem, de Gotenburg para Estocolmo <<
Outra cidade de tirar o fôlego. Estocolmo, capital da Suécia. O país é um exemplo de consciência ambiental. Parte porque, como disse o embaixador do ministério de meio ambiente para nós, a Suécia é rica e não tem problemas sociais para competir com a Natureza.
Aqui também encontramos cidadãos do mundo que falam português. São encontros surpreendentes, casuais, como se estivesse sempre em busca de personagens para matéria. Eles vêm ao nosso encontro.


>> o guardinha vigia o Palácio Real. ele não deu nenhum sorrisinho pra foto... <<

Amanhã, nova viagem. Os alemães nos esperam.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

De San Francisco pra Amsterdam

Tempo apertado. Entre gravações, decupagens, passagens, também há as risadas. E as fotos, claros. Nos despedimos de San Francisco adrenados. Antes de chegar ao aeroporto, percorremos uma trecho "off road" - por engano - que despertou a equipe! >> morremos de vergonha da aeromoça que tirou a foto <<<


Chegada a Londres. (suspiro). Foram 4 dias bons, sem folga, ritmo intenso. Fizemos uma aquisição importante: carrinho pra transportar o tripé e afins. Reencontramos amigos. Fizemos a Oxford Street parar para nos ver passar. Em especial a Hellen, que gravou um texto atravessando uma rua, esperando pelo semáforo, desviando de pedestres. Tudo para evitar o aquecimento global.
>> foto batida pela Keilinha. eu fazendo o rebatetor. <<


Foi na Holanda que tivemos alguns problemas. Minha mala sumiu, com todas as fitas dentro. Mas depois foi reencontrada. Fomos recebido por Felipe, grande amigo. Ficou horas nos esperando no aeroporto, teve paciência.
>> Amsterdam. estava na garupa da bike do Felipe. Fernando relembrou a infância <<




É intrigante a maneira como o país luta contra a água. Ela está por todos os lados, em alguns pontos, acima da cabeça dos habitantes daqui. Que sangue frio!


>> canal de Amsterdam. iluminado, lindo... <<

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Keep going!

Sexta, sábado e domingo de gravações. A sexta-feira foi de exaustão: dirigimos até Sacramento e paramos em vários momentos na estrada pra fazer imagens de usina de carvão. E também vimos turbinas eólicas! E por todos os cantos as pessoas perguntavam: "What are you guys doing with this camera>". Felizmente, não fomos expulsos de lugar algum.



>> logo se vê que venta muito no local. muito propício para produção de energia eólica <<




San Francisco é linda, charmosa, alegre, apaixonante! Mesmo em dia de folga saímos fazendo imagens. E fomos abençoados com um "lovely weather". A névoa não nos atrapalhou desta vez.


>> visão de Alcatrazes. só visita a ilha quem compra ticket com uma semana de antecedência!<<

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Full time job

O começo do nosso dia: é assim que passamos as horas quando estamos no hotel. Antes e depois das gravações vivemos os momentos de concentração: relatórios, decupagens, planejamento do roteiro de viagem do dia seguinte.
Hoje fomos a San Francisco, uma cidade adorável. O clima, entretanto, não combina com o ambiente: a cidade é tão aconchegante, mas o ventinho é sempre tão frio. Achamos uma vista privilegiada no terraço de um colega correspondente na cidade. A névoa sempre ameaça encobrir a cidade. E , de repente, parece que desiste e se evade.
Uma companhia constante nessa expedição é nossa amiga GPS. Ela fala conosco, ainda bem que não dá broncas quando a gente erra o caminho.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

por Napa Valley


>> Napa Valley, a caminho do The Geysers. Com muito sono.



A jornada começou às 6h00: de Oakland viajamos 2 horas de carro até The Geysers - região conhecida por produzir energia geotermal. A nossa amiga do GPS (há uma voz feminina que fala conosco) não precisou repetir o "recalculating" muitas vezes: acertamos o caminho direitinho!
O dia foi se abrindo à medida que cortávamos Napa Valley. A região é muito bonita, coberta por parreiras e vinícolas.
A visão das montanhas que se tem ao chegar no Geysers também é esplendorosa. Só o cheirinho que é ruim: o gás que brota das profundezas da terra traz também aquele vestígio de enxofre. O nosso entrevistado se empolgou com nosso documentário - só não nos ofereceu almoço! Como diz Fernando Alves: "Esse povo não come não, gente!?"
Trabalhamos horas sob um sol quente, fujindo das cobras - há muitas nas redondezas - e empolgados com o que encontramos aqui. O almoço veio às 16h30. Na volta, ainda conseguimos encontrar muito Co2 sendo expelido de torres industriais.


>> equipe e o cowboy do velho oeste que entende de energia renovavel.

>> lindo por-do-sol. se nao fossem os gases do efeito estufa...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Terra Estrangeira

>>> Na Toyota.


Foi num dia muito quente que conhecemos o Headquartes da Toyota nos Estados Unidos. Saía fumacinha do asfalto. A assessora, muito simpática, cuidou de levar água e barrinhas de cereal para a tenda onde faríamos as gravações.
As mulheres estão no comando: nossas entrevistadas são executivas do alto escalão que falam sobre eficiência de energia, preço dos combustíveis e hábitos do consumidor americano. (Elas têm até uma maquiadora exclusiva). Eu cuido do rebator, acompanho as entrevistas e tento uma decupagem-relâmpago-tradução-instantânea. Produção e pós-produção em tempo real.
O carro híbrido que filmamos não faz barulho, é confortável, e tem medidor de combustível inteligente. Carro do futuro? Talvez nos próximos 10 anos.
Na ida para San Francisco alugamos um carro no aeroporto. Para dar um pouco de emoção, pegamos uma contra-mão logo de cara. Tensão. Mas chegamos bem, o GPS salvou a equipe!
>> o carro é grande, as malas são muitas, o motorista é bom - a contra-mão foi só para despertar!


domingo, 3 de agosto de 2008

Day off

>>> Famosa e Surreal - a rua, Rodeo Drive.



Los Angeles não foge à regra: imigrantes tomam uma parte da cidade, longe de onde os ricos habitam, perto do "downtown". Os mexicanos parecem querer tomar, em silêncio, a parte do território que já foi deles.
Apesar dos muitos latinos, LA não parece não ter uma cara, uma identidade. A cidade é "esparramada", impessoal. Sim, há os pontos turísticos: Walk of Fame, Santa Monica Pier, City of Universal. Apesar da artificialidade, não há como não se render: fazemos poses para as fotos, como todos que passeiam por aqui. De repente, um brasileiro vendendo souvenir: ele diz que Los Angeles é fútil, só oferece academia, praia e balada. Cultura? Só cinema.
Olhando as pessoas daqui com sacolas carregadas de compras, em seus carros grandes, com sua vida americana e penso: seria possível uma mudança de hábitos para salvar o planeta em que vivemos? Acho muito difícil. Mas não custa provocar.



>> Praia com Protesto. Santa Monica.

>> Turistas, nós? Jornalistas em dia de folga!

sábado, 2 de agosto de 2008

Em Los Angeles

>>>> Comitiva em Guarulhos: antes do embarque.


De cima, ela parece árida, de um marrom claro. Los Angeles é quente em agosto, tem muitos carros na rua em pleno sábado e um sistema viário organizado. Primeiro mundo, dizem. Mas também problemas de cidade grande: vandalismo, lixo nas ruas, poluição.

Chegamos bem, depois de quase 24 nos ares entre São Paulo e Nova Iorque. Uma bagagem - dos tripés - não chegou conosco. Perdemos também a conexão de NY para LA e a paciência com uma atendente chatíssima-do-contra-hespana.

Na segunda-feira, a Toyota nos espera. Veremos os carros híbridos: menos poluente, mais caro. No táxi já soubemos: os californianos acham a invenção cara, ainda estão avaliando se vale a pena abandonar de vez os carros movidos a gasolina. (Por aqui, o barril já está custado U$ 4,50 - um absurdo para os americans!)

That´s all for the moment. Let´s rock LA!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Assessorias e assessorados


O ramo paga bem, faz o jornalista ficar com uma pinta de executivo. Assessorias de imprensa também são ótimas para te enrolar. Os colegas podem demorar anos-luz pra dar um retorno ou, ainda, pedir para que você mande um "mail" em vez de falar com você ao telefone. E o mail, muitas vezes, é sequer respondido. E o deadline apertando...
Depois de ouvir um "impossível" sobre um pedido feito a uma assessoria gigante internacinal, recebi um telefonema - 3 meses depois - que anunciava um "talvez". Fiquei animada! Mas, para que as coisas dessem certo para o meu lado (tratava-se de uma matéria internacional), a entrevista teria que acontecer dali 2 dias. Achei que não seria um problema, afinal, havia obtido um "quase-sim" depois de tantos processos burocráticos.
Ingênua, eu. "Ah, não, muito em cima da hora. Precisamos de no mínino 10 dias para organizar tudo". Foi o que ouvi do assessor. Fim de linha e fim de uma ex-futura-matéria sobre tecnologia em energia eólica.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Memória ou utilidade?

A idéia surgiu a partir daquele sentimento muito humano: o que fica quando tudo passa? Depois de uma boa matéria, de um baita furo, de uma mega produção - tudo muito fugaz.
Então, para minha própria memória de vida e trabalho e, caso mais alguém se interesse, um diário de bordo. Sem pretensão de ser brilhante, ou servir como manual. O mundo da internet, tão recorrente às produtoras de pautas de telejornal, pode reservar informações úteis.