terça-feira, 12 de março de 2013

Quantas vezes você usa a descarga?

Economizar água em casa, na Alemanha, não compensa. Foi o que um especialista no sistema de saneamento da empresa que opera na Renânia do Norte-Vestfália deixou escapar na frente da câmera. A apresentadora ficou chocada e se sentiu enganada por anos - ela tem um programa sobre direito dos consumidores na tv alemã (www.wdr.de/tv/haushaltscheck). Mas a explicação é bem racional - típico do pensamento alemão. A racionalidade venceu o apelo do desperdício  - e olha que o país se engaja do uso sustentável dos recursos naturais.

Na Alemanha, a água é reutilizada em um ciclo sem fim. O que sai do esgoto vai para um canal subterrâneo e segue para o tratamento. E o sistema precisa uma determinada quantidade de água para evitar o entupimento. Se o esgoto entope,  água potável é liberada para a limpeza. E quem paga a conta dessa água limpinha que vai literalmente para o esgoto? Exatamente, os custos são repassados ​​aos cidadãos.

O conselho:
Usemos a descarga. Economizar no banheiro é "contraproducente". E ainda mais detalhado, como em uma bula: "melhor apertar o botão da descarga duas vezes, mas prestar atenção ao que desce pela canalização." Ou seja, nada de restos de comida e remédios no banheiro!



Mas...
Isso não significa que o desperdício está liberado. Os alemães tem acesso a um sistema eficiente de tratamento de esgoto/tratamento da água. E para que ele funcione, as pessoas precisam usar a descarga! Mas essa é uma exceção nesse mar de águas não tratadas que nadam muitos. 





(In Germany, saving water at home is not worthy That's what an expert of a sanitation system company in North Rhine-Westphalia blurted out in front of the camera. The presenter was shocked and felt cheated for years - she has a tv program on consumer rights (www.wdr.de / tv / haushaltscheck). But the explanation is quite rational - typical of German thought. Rationality comes first, than the the appeal against waste.
In Germany, water is reused in an endless cycle. What comes out of the sewer channel goes to an underground system and than to the treatment station. And the system needs a certain amount of water to prevent clogging. If this happens, drinking water is released for cleaning. And who pays the bill? Exactly, the costs are passed on to citizens.
The advice:
Let us use the flush. Saving water in the toilet is "counterproductive." And even more detailed: "it is better to push the toilet flush button twice, but pay attention to what comes down the pipe." That is, please do not throw away remains of food and medicine in the bathroom!
But ...
This does not mean that the waste is released. The Germans has access to an efficient treatment of sewage / treatment of the water. And in order to work, the system depends on the flush button! But this is an exception in this sea of ​​dirty water where so many are forced to swim... )

domingo, 3 de março de 2013

Conexão reestabelecida

O inverno europeu está perto do fim. A temporada 2012/2013 foi a mais cinza e triste dos últimos 60 anos, dizem os meteorologistas. O brilho do sol é contabilizado, minuto por minuto, hora por hora. Especialistas em prever o tempo viram cronistas e divagam sobre o aparecimento do astro maior. (www.dwd.de)...
E quem sempre viu o sol brilhar com abundância e nem dava bola para isso, começa a sofrer da mesma enfermidade - a busca enlouquecida por qualquer raio entre as sombras de prédios quando ele aparece.
Foi o que presenciei neste sábado. Multidões se acumulavam em lugares pouco aconchegantes para gozar do calor natural: entre escombros de uma obra pública inacabada, na grama fria de um parque recém descoberto pela neve, na escadaria suja que leva para a estação central. E quem pode, larga tudo para trás para viver esse dia que, sabe-se lá quando, voltará a aparecer.



 Dois anos sem um post. Que crise... Ainda assim, o blog continuou sendo acessado - o que me causou espanto e me incentivou a voltar.


(The European winter is close to the end. The season 2012/2013 was more gray and dreary of the past 60 years, meteorologists say. The sunshine is thoroughly calculated, minute by minute, hour by hour. Meteorologists behave themselves as chroniclers and wander about the appearance of the star. (www.dwd.de) ...
And who ever saw the sun shining with abundance and couldn't care less about about it, begins to suffer from the same disease - the frenzied search for any sunlight between the shadows of buildings. That's what I witnessed on Saturday. Crowds were gathering in not at all cozy places to enjoy the natural warmth: in middle of the rubble of an unfinished public work, on the cold grass of a park recently uncovered by snow, dirty staircase that leads to the central station. Those who can leave everything behind to live that day. Who knows when it will come again...)